Satélites ajudam a medir capim no pasto e apoiam pecuária sustentável

Nova metodologia da Embrapa permite o monitoramento preciso das pastagens no Brasil, estimando a massa de forragem disponível para o gado. Esta inovação combina modelagem agrometeorológica e sensoriamento remoto com dados climáticos e imagens de satélite.

A técnica foi testada em três sistemas de produção:

• Extensivo
• Intensivo rotacionado
• Integração lavoura-pecuária (ILP)

No sistema extensivo, a acurácia atingiu 86%, o que animou os pesquisadores. O modelo SAFER (Simple Algorithm for Evapotranspiration Retrieving) usou dados da Nasa e da ESA, além de variáveis climáticas para simular o crescimento da forragem.

O estudo destaca a diferenciação entre matéria seca total (MST) e matéria verde (MV), melhorando a precisão das estimativas de forragem. Medições de campo foram realizadas durante 2 anos, reforçando a confiabilidade do modelo.

A metodologia se mostrou mais eficaz em ambientes com menor intervenção humana, como no sistema extensivo, enquanto o sistema ILP teve desempenho satisfatório apesar da complexidade. Em sistemas intensivos, a precisão foi levemente menor.

O uso de satélites e tecnologias acompanha rápida evolução, prometendo melhores previsões nas pastagens. A pesquisadora Patrícia Santos ressalta que essas tecnologias favorecem decisões assertivas na gestão forrageira, contribuindo para a recuperação de áreas produtivas no Brasil.

A nova metodologia é vista como fundamental para atender à demanda global por alimentos de forma sustentável, sem expandir áreas de pastagem. Isso representa uma contribuição significativa para a intensificação sustentável da pecuária brasileira.

O trabalho é assinado por diversos pesquisadores da Embrapa e outros institutos.

Com informações da Agência Embrapa.