'Se eu não for ao STF, não governo', diz Lula após judicializar derrubada do IOF
Lula critica decisão do Congresso e reafirma compromisso em recorrer ao STF para reverter aumento do IOF. O presidente destaca a importância do diálogo com os líderes do Legislativo para manter a governabilidade.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta quarta-feira (2), a ação do governo de recorrer ao STF para manter o decreto do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), derrubado pelo Congresso Nacional.
Lula afirmou: "Se eu não for à Suprema Corte, eu não governo mais o país." Durante a entrevista à TV Bahia, em Salvador, ele criticou a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de colocar em votação a derrubada do decreto, considerando-a "absurda."
A Advocacia-Geral da União pediu ao STF a retomada do decreto. O relator é o ministro Alexandre de Moraes. O projeto que susta os decretos foi aprovado pela Câmara com 383 votos favoráveis e 98 contrários.
Lula ressaltou que a decisão não representa um rompimento com o Congresso. Ele mencionou que: "O presidente da República não rompe com o Congresso."
Em meio à derrubada do decreto do IOF, a Câmara também aprovou:
- Isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos;
- Medida Provisória para contratação de crédito consignado por trabalhadores do setor privado;
- Outra MP para usar até R$ 15 bi do Fundo Social para habitação popular e leiloar óleo e gás excedente.
Lula está em Salvador para as comemorações do 2 de julho e viajará para Buenos Aires para a cúpula do Mercosul até quinta (3). Ele planeja conversar com os presidentes da Câmara e do Senado ao retornar a Brasília.