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Se inflação não voltar ao intervalo da meta, BC vai publicar nova carta com justificativas

Banco Central reitera necessidade de retorno à meta de inflação até o primeiro trimestre de 2026. Nova carta explicativa será emitida caso o descumprimento persista.

Banco Central (BC) informou que, se a inflação não estiver na meta até o final do primeiro trimestre de 2026, deverá publicar nova carta explicando o descumprimento da meta de 3%. O intervalo de tolerância é de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

O BC divulgou ontem uma carta sobre o descumprimento da meta nos primeiros seis meses de 2023. A nova metodologia estabelece que a meta é considerada descumprida se a inflação acumulada em 12 meses ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o que ocorreu de janeiro a junho deste ano.

O decreto da meta contínua exige uma nova carta caso a inflação não retorne ao intervalo no prazo estipulado. O BC indicou que o retorno deve ocorrer até o final do primeiro trimestre de 2026. Em nota, o BC esclareceu que uma nova carta será necessária se esse retorno não se concretizar nesse horizonte.

Além disso, uma nova carta poderá ser emitida para atualizar as medidas para trazer a inflação à meta ou alterar o prazo. Isso também está previsto no decreto.

A previsão do BC é que a inflação esteja dentro do intervalo ao final do primeiro trimestre de 2026, com projeção de 4,2%. As expectativas estão alinhadas com o Comitê de Política Monetária (Copom), que estima que a inflação convergir para 3% no quarto trimestre de 2026.

A carta de ontem também mencionou que o Copom analisa várias trajetórias para a inflação, que podem diferir da Selic utilizada nas decisões de política monetária.

"O BC mantém postura monetária que coloque a inflação na meta no horizonte relevante," destacou o BC. As decisões são pautadas para garantir a convergência da inflação à meta estabelecida.

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