'Se queremos igualdade, deveríamos nos concentrar em impulsionar quem está embaixo, e não em desestabilizar os que estão em cima'
Relatório do UBS destaca que, em 2024, o número de novos milionários nos EUA cresceu significativamente, refletindo uma crescente concentração de riqueza no país. Economista Daniel Waldenström argumenta que a desigualdade é percebida de forma exagerada, ressaltando melhorias no bem-estar geral da população.
Milionários nos EUA em 2024: Cerca de mil pessoas se tornam milionárias diariamente nos EUA, segundo o Global Wealth Report do UBS.
A maioria pertence aos Emilli's (milionários do dia a dia), com fortunas entre US$ 1 milhão e US$ 5 milhões.
O número deste grupo quadruplicou desde 2000, totalizando 52 milhões de pessoas no mundo, com riqueza total de US$ 107 trilhões.
Além disso, US$ 119 trilhões pertencem a indivíduos com mais de US$ 5 milhões. O aumento da desigualdade é evidenciado pela crescente distância entre ricos e pobres.
O economista Daniel Waldenström contesta a noção de crescente desigualdade em seu livro Richer and More Equal.
Ele argumenta que a riqueza dos lares aumentou, com melhorias nos indicadores de bem-estar, como esperança de vida e acesso ao consumo.
Em entrevista, afirmou que o mito da desigualdade distorce a realidade, pois as sociedades ocidentais são mais igualitárias que no passado.
Waldenström destaca que, embora haja desigualdade em alguns aspectos, a pobreza global está diminuindo.
Recentemente, observou-se um aumento na participação do percentil mais rico nos EUA de 20% para 35%-40%, refletindo desigualdade. No entanto, a riqueza da classe média nos EUA também cresceu.
E ele aponta que o aumento dos salários de diretores executivos é resultado da globalização e do tamanho dos mercados.
Waldenström sugere considerar indicadores como renda após impostos e serviços sociais oferecidos pelo governo para avaliar a desigualdade.
Ele acredita que um bom sistema fiscal deve garantir acesso à educação e oportunidades para todos.
Por fim, Waldenström enfatiza que a solução para a desigualdade deve focar em impulsionar os mais desfavorecidos, e não desestabilizar os bem-sucedidos.