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Se tributar rico for esquerda, tenho que me dizer de esquerda, diz Tebet

Ministra do Planejamento defende novo imposto sobre rendas maiores como forma de justiça fiscal. Ela destaca a necessidade de cortar despesas sem afetar os mais vulneráveis e a urgência na aprovação da LDO para 2026.

A ministra Simone Tebet, do Planejamento, defendeu a proposta do governo de um imposto mínimo de 10% para rendas mais altas, considerando isso uma medida de justiça tributária.

Durante audiência sobre o PLDO 2026 na CMO, ela afirmou que aqueles que pagam 3% ou 4% devem contribuir com 10%. "Se isso for ser de esquerda, tenho que me considerar de esquerda", disse.

Tebet ressaltou a necessidade de conter despesas do orçamento sem afetar os mais pobres, citando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e destacando que mudanças impactaram negativamente a classe trabalhadora nos últimos anos.

A ministra prevê um superávit de R$ 34,3 bilhões para o próximo ano, embora reconheça desafios relacionados a despesas obrigatórias, como o BPC, que deve aumentar de R$ 119 bilhões em 2025 para R$ 165,7 bilhões em 2028.

O governo tenta reformular as regras do BPC, essencial para idosos pobres e pessoas com deficiência, sem retirar direitos. Tebet afirmou que mudanças em 2022 facilitaram concessões judiciais.

A audiência de terça foi a primeira do ano sobre a LDO, com a votação preliminar agendada para julho. O relator Gervásio Maia (PSB-PB) planeja concluir o relatório após o dia 21, quando será apresentado um novo relatório fiscal.

Após atrasos no ano passado, a CMO busca acelerar o processo para evitar que a Lei Orçamentária Anual seja aprovada tardiamente novamente.

O acordo inicial colocou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) como relator, mas devido a pressões, Gervásio Maia assumiu. Zarattini agora irá relatar a MP da alta de impostos elaborada pelo ministro Fernando Haddad.

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