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Se você olha a história, a trajetória da economia brasileira é boa, diz presidente da Stellantis

John Elkann, CEO da Stellantis, destaca a trajetória econômica positiva do Brasil e os investimentos de R$ 30 bilhões até 2030 para desenvolver tecnologia híbrida. Ele ressalta a importância da produção local frente à concorrência internacional e a necessidade de condições iguais para todas as montadoras.

John Elkann, presidente do conselho e CEO da Stellantis, acredita que a trajetória econômica do Brasil é positiva a longo prazo, apesar das oscilações.

A Stellantis, que possui marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, anunciou um plano de investimento de R$ 30 bilhões no Brasil entre 2025 e 2030 e inaugurou um centro de desenvolvimento de motores híbridos flex em Betim (MG).

Durante a cerimônia, que contou com a presença do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin, Elkann afirmou: "o Brasil teve altos e baixos, mas a trajetória é ascendente." Ele também destacou que o país pode ser um exemplo de produção automotiva regionalizada.

Elkann evitou comentar sobre os impactos das tarifas dos EUA na Stellantis, mas afirmou que a empresa está pronta para agir caso elas sejam implementadas. A Casa Branca confirmou a continuidade das tarifas de 25% sobre aço e alumínio.

O Brasil corresponde a 80% da produção da Stellantis na América Latina, que, por sua vez, representa 15% da produção global da montadora. O investimento de R$ 30 bilhões se concentrará em modelos híbridos flex, dado a experiência do país com o etanol.

Essa estratégia visa enfrentar a crescente concorrência chinesa. Desde julho de 2024, as alíquotas para elétricos e híbridos sofreram mudanças, e a Anfavea defende a volta imediata do Imposto de Importação.

Elkann vê a competição de maneira positiva, desde que as regras sejam iguais. Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis na América do Sul, reforçou a importância da capacidade de produção local e geração de empregos.

Globalmente, Elkann enfrenta o desafio de selecionar um novo CEO para a Stellantis, cargo que ocupa interinamente desde a saída de Carlos Carvalho. A decisão deve ocorrer no primeiro semestre deste ano e poderá considerar candidatos internos ou externos.

John Elkann, nascido em Nova York em 1976, é engenheiro e atuou na General Electric antes de fundar a holding Exor. Ele também preside a Ferrari e é membro do conselho da Meta.

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