Sebastião Salgado: 10 fotos que contam sua intensa relação com Amazônia
Sebastião Salgado, renomado fotógrafo, faleceu aos 81 anos e deixa um legado impactante sobre a Amazônia e suas etnias. Seu trabalho, que abrangeu a documentação de problemas sociais e ambientais, visa sensibilizar a população brasileira sobre a importância da preservação e dos direitos indígenas.
Sebastião Salgado, renomado fotógrafo, faleceu aos 81 anos na França, no dia 23/5. Ele dedicou sete anos ao projeto Amazônia, transformado em livro e exposição internacional, mostrando a riqueza da floresta e dos povos indígenas.
A arqueóloga Lélia Wanick Salgado destacou a importância de reconhecer os indígenas brasileiros, afirmando que "aquilo tudo ali é nosso". O trabalho de Salgado inclui registros das etnias da região do Vale do Javari, que abriga a maior população indígena não contatada do mundo, incluindo os korubo e marubo.
O fotógrafo foi pioneiro ao registrar os korubo em 2017 e ressaltou as ameaças constantes enfrentadas pelos grupos indígenas, especialmente de garimpeiros. Beto Marubo, que acompanhou Salgado, mencionou a necessidade de dar voz aos indígenas nas exposições.
A Terra Indígena Raposa Serra do Sol também foi retratada, uma área demarcada historicamente em 2009 pelo STF, protegendo os direitos dos povos originários. Com cerca de 28 mil indígenas, a área é um símbolo da luta por direitos.
Além disso, os Yawanawá foram retratados, destacando sua evolução cultural e parcerias com marcas internacionais. Antes vivendo em condições extremas, hoje, são referência para outros povos indígenas, resgatando práticas culturais e fortalecendo sua identidade.
As imagens de Salgado capturaram rituais e tradições dos Yawanawá, como as pinturas corporais e o uso de penas de aves sagradas.