Secovi: ‘Cliente mais jovem não quer apartamento de 200 m²; ele quer estar onde as coisas acontecem’

Ely Wertheim, presidente do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP), destaca os desafios do mercado imobiliário brasileiro, como:

• escassez de mão de obra
• acesso ao funding
• altas taxas de juros
• reforma tributária iminente

Apesar disso, Wertheim acredita que os incorporadores estão ajustando suas ofertas para atender o novo perfil de comprador. Ele compara: “Nenhuma empresa vai fabricar geladeira no Polo Norte”.

De acordo com o Secovi-SP, foram lançadas 119 mil unidades em São Paulo de maio de 2024 a abril de 2025, com 110 mil vendas. A velocidade de vendas sugere que o estoque se esgotaria em sete meses se não houvesse novos lançamentos. O programa Minha Casa, Minha Vida foi responsável por 74,9% dos lançamentos e 64,8% das vendas.

Wertheim afirma que o crescimento do mercado imobiliário é consistente e representa força, mesmo diante dos obstáculos.
“Desenvolver um projeto que leva 24 meses exige valentia. O incorporador imobiliário é um herói”.

São Paulo continua a dominar o mercado imobiliário brasileiro, representando 25% do total, com um estoque baixo que está se esgotando rapidamente. O ideal seria ter um estoque de pelo menos 20 meses.

Os compradores estão mais jovens, buscando unidades menores, como de 30 m² a 60 m². A infraestrutura de condomínios está sendo adaptada para atender a demandas como segurança e facilidades para entrega de encomendas.

A falta de mão de obra qualificada na construção civil é um desafio. Wertheim defende os investimentos em cursos técnicos, já que profissionais capacitados são essenciais para o setor.

Quanto à reforma tributária, ele critica a obrigatoriedade do IVA no mercado imobiliário, prevendo aumento nos custos operacionais.

O Summit Imobiliário acontecerá no dia 30, e será transmitido ao vivo.