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Secovi-SP não vê necessidade de novo modelo de financiamento habitacional: 'Não estamos na UTI do funding'

Setor imobiliário enfrenta desafios no custo do crédito, mas considera desnecessária a pressa por um novo modelo de financiamento. Discussões em andamento entre governo e entidades do setor buscam soluções sem comprometer o sistema atual.

Setor imobiliário enfrenta desafios no custo de funding, segundo Ely Wertheim, presidente do Secovi-SP. Ele destaca que a taxa Selic elevada está encarecendo o crédito.

A poupança apresenta um fluxo líquido negativo, com saques superando depósitos. Valoriza a situação da caderneta: “Ela está no limite, mas não desabando, e não há previsão de acabar em 20 anos”.

Wertheim diz que há espaço para discutir opções para o setor imobiliário, sem necessidade imediata de um novo modelo de financiamento. O Secovi-SP entende que o sistema atual “está funcionando bem”.

O Banco Central estuda liberar parte dos depósitos compulsórios dos bancos, para crédito imobiliário. Hoje, 65% são utilizados para financiamentos habitacionais, e 20% ficam retidos no BC.

Com a liberação, quanto mais crédito os bancos concederem, maior a parcela disponível dos depósitos. Contudo, essa quantia poderia ser usada livremente, o que preocupa o setor.

Wertheim expressa a preocupação com a possível utilização dos recursos da poupança, que historicamente são direcionados à habitação. Ele questiona a BC sobre se os novos recursos viriam de funding em vez da poupança, mas sem resposta.

Sobre financiamentos corrigidos pelo IPCA, ele acredita que há espaço para melhorias. “Se tem um defeito no teu carro, não é necessário trocá-lo inteiro. É preciso consertar o defeito.”

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