Secretário da Saúde de Trump diz que 20% das demissões feitas por Musk foram erros

Após demissões em massa, EUA reconhecem erros

Uma semana após a demissão de 10 mil funcionários do Departamento de Saúde dos EUA, o secretário Robert Kennedy Jr. revelou que 20% dos cortes foram feitos “por engano” e que os demitidos serão reintegrados.

As demissões foram determinadas pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado por Elon Musk, mas os critérios para definir os cortes foram considerados pouco claros.

Kennedy admitiu que áreas de pesquisa essenciais foram afetadas, e destacou que a intenção era demitir apenas setores administrativos, como recursos humanos e comunicação.

Ele declarou: “Pessoal que não deveria ter sido cortado, foi cortado. Estamos reintegrando”. O comentário surgiu após questionamentos sobre a eliminação de um programa do Centro de Controle de Doenças (CDC) que monitorava níveis de chumbo no sangue de crianças.

• Cortes inicialmente: 3,5 mil da FDA, 2,4 mil do CDC, 1,2 mil dos NIH e 300 de programas Medicare e Medicaid.
• Funcionários chamaram as demissões de “banho de sangue”.
• Programas de monitoramento e prevenção de doenças foram eliminados.

Kennedy não detalhou quais funcionários seriam reintegrados, mas a FDA já pediu que alguns demitidos retornassem temporariamente ao trabalho. O governo planejava reduzir até 20 mil postos, com 10 mil demissões e outros 10 mil aderindo a demissões voluntárias.

Com a admissão de erro nos cortes, os planos podem mudar. Kennedy enfatizou que “se cometermos erros, vamos admitir e vamos remediar”.

Desde o início do segundo mandato de Trump, o DOGE tem sido criticado por falta de critérios nos cortes. Ex-funcionários relataram erros nos documentos de demissão e a necessidade de correção por parte de demitidos.

O vice-presidente J.D. Vance reconheceu que Musk pode ter ultrapassado os limites em várias ocasiões e apoiou a ideia de admitir e corrigir erros. “Há muitas pessoas boas que trabalham no governo”, afirmou.