Secretário de Defesa dos EUA compartilha vídeo com pastores dizendo que mulheres não devem votar
O secretário de Defesa dos EUA gera controvérsia ao compartilhar vídeo de pastores que defendem a subordinação feminina e a moral conservadora. Organizações evangélicas progressistas criticam a ampliação dessas ideias em meio a um contexto de nacionalismo cristão.
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, compartilhou um vídeo com pastores cristãos afirmando que mulheres não devem ter direito ao voto. O material traz o teólogo conservador Doug Wilson como principal entrevistado.
No vídeo, Toby Sumpter, outro pastor, defende um voto em família, liderado pelo homem. Ele destaca: "Normalmente, eu seria o único a votar, mas votaria depois de discutir com minha família".
Uma mulher do mesmo movimento também diz ser submissa ao marido e apoiar que ele vote pela família.
Doug Wilson, cofundador da Comunhão das Igrejas Evangélicas Reformadas (CREC), reiterou sua crença de que mulheres não devem ocupar cargos de liderança nas Forças Armadas e dentro de sua igreja, argumentando que "a bíblia diz assim".
A participação de Wilson no evento Consciência Cristã foi cancelada em 2024 após polêmicas sobre seus escritos, incluindo a defesa da escravidão e acusações de encobrimento de violências.
Hegseth compartilhou o vídeo em 7 de setembro e postou: "Tudo de Cristo para toda a vida". Um porta-voz do Pentágono ressaltou que Hegseth é um "membro orgulhoso" da CREC e aprecia Wilson.
Organizações evangélicas progressistas, como Vote Common Good, expressaram preocupação com as ideias no vídeo, que consideram pertencer a pequenos grupos de cristãos.
O apoio de Hegseth a Wilson e suas ações, como convidar seu pastor para cultos no Pentágono, coincide com a busca do governo republicano por nacionalismo cristão.
Wilson destacou sua ambição de ver o mundo e os EUA se tornarem nações cristãs.