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Secretário de Estado dos EUA diz que país pode negociar acordos bilaterais após impor tarifas

Marco Rubio defende tarifas como forma de garantir justiça no comércio global enquanto os EUA buscam negociações bilaterais com parceiros, incluindo o Brasil. Especialistas alertam que essas tarifas podem aumentar custos e pressionar a inflação nos Estados Unidos.

Washington - O secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que os EUA poderão buscar negociações bilaterais após a imposição de tarifas que afetam seus principais parceiros comerciais, incluindo o Brasil.

Em entrevista à CBS, Rubio declarou: “Vamos impor tarifas recíprocas às que os países impõem a nós”. Ele enfatizou que a ação é global e não direcionada apenas a países como Canadá, México ou a União Europeia.

O secretário salientou que as tarifas visam garantir “justiça” no comércio, permitindo que os EUA fortaleçam setores essenciais como alumínio, aço, semicondutores e automóveis.

Tais tarifas, entretanto, podem ↑ os custos para produtores americanos e impactar a inflação. Recentes tarifas de 25% sobre aço e alumínio já afetam diretamente o Brasil, grande exportador deste produto para os EUA.

Técnicos brasileiros começaram negociações via videoconferência com os EUA, buscando concessões do governo Trump. A aplicação de reciprocidade será considerada apenas se as negociações falharem.

Em 2018, o Brasil obteve cotas e tarifas reduzidas, mas Trump está mais rígido desta vez, afirmando: “Não vou ceder nenhum pouco”. Aumentos de tarifas sobre produtos agrícolas e carros estão previstos para o próximo mês.

Além disso, Trump ameaçou a Europa com tarifas de 200% sobre bebidas alcoólicas, ampliando sua guerra comercial.

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