Secretário de Haddad nega fuga de investimentos por cobrança sobre dividendos
Marcos Pinto minimiza riscos de fuga de capital estrangeiro com nova alíquota de 10% sobre dividendos. O secretário destaca que a proposta visa equidade tributária, sem comprometer a atratividade do Brasil para investidores.
O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, afirmou que não se preocupa com a fuga de capital estrangeiro do Brasil, devido à retenção de 10% do Imposto de Renda sobre remessas de dividendos.
Pinto declarou que essa retenção é compensação pela isenção do IR para ganhos de até R$ 5 mil e citou a reação tranquila da Bolsa de Valores como indicativo de sua confiança.
O secretário destacou que a principal remuneração do investimento estrangeiro é a isenção de ganho de capital, e a distribuição de lucros segue pela tributação de Juros sobre Capital Próprio (JCP), que não será alterada.
Foi mencionada a proposta de devolução do imposto se a tributação conjunta (pessoa jurídica e física) for superior a 34%, alinhada às recomendações da OCDE. Pinto indicou a equidade na tributação e não a progressividade, citando a disparidade de imposto entre assalariados e a elite.
Abrasca expressou preocupação com a redução da atratividade do Brasil para investimentos externos, mencionando que o mecanismo de devolução é complexo e suscita dúvidas sobre o cálculo e prazo para recuperação do crédito.