Secretário do Tesouro americano minimiza rebaixamento da nota americana pela Moody's
Scott Bessent defende a estratégia econômica do governo Trump, alegando que os gastos altos são herança da gestão anterior. O secretário do Tesouro também comenta sobre o papel do Walmart na absorção de tarifas e o impacto destas na inflação.
Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, minimizou as preocupações sobre a dívida pública e o impacto inflacionário das tarifas, afirmando que o governo Trump está focado em reduzir gastos e impulsionar a economia.
Em entrevista ao Meet the Press, da NBC, Bessent comentou o rebaixamento da nota de crédito do país pela Moody’s. Ele disse que a nota é um indicador atrasado e que os problemas são herdados do governo Biden.
Bessent também conversou com Doug McMillon, CEO do Walmart, sobre o aumento dos preços devido às tarifas de importação. O presidente Trump sugeriu que o Walmart deveria absorver as tarifas em vez de repassá-las aos consumidores.
“O Walmart vai, de fato, absorver parte das tarifas”, afirmou Bessent, ressaltando a queda na inflação de serviços e a primeira desaceleração da inflação em quatro anos. Ele destacou que não pressionou a varejista durante a conversa.
Sobre o Federal Reserve, Bessent mencionou que eles não afirmaram que as tarifas causarão inflação, apenas que estão cautelosos.
Após uma trégua tarifária com a China, Bessent disse que as tarifas poderão ser impostas unilateralmente a outros países que não negociarem de boa fé, conforme instruções de Trump.
Em relação às sanções à Rússia, Bessent evitou previsões, mas afirmou que os EUA não hesitarão em aumentá-las se Putin não negociar de boa fé.
Por fim, Bessent descartou críticas sobre uma possível aceitação de um jato 747 do Catar a Trump como uma distração, citando que países do Oriente Médio continuam a investir.