Secretário dos EUA ameaça Maduro e diz que defenderá Guiana em caso de invasão
Rubio alerta que um ataque da Venezuela à Guiana resultará em severas consequências e reafirma o compromisso dos EUA em apoiar a integridade territorial do país sul-americano. A tensão entre os dois países aumenta à medida que a Venezuela planeja eleições na disputada região de Essequibo.
Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, advertiu que um possível ataque militar da Venezuela à Guiana seria “um grande erro” e “um dia muito ruim”.
Durante coletiva em Georgetown, ao lado do presidente da Guiana, Irfaan Ali, ele expressou apoio ao país, cuja região de Essequibo é reivindicada pela Venezuela.
Rubio destacou que os EUA têm uma Marinha poderosa e compromissos com a Guiana. Ele não detalhou ações específicas, mas afirmou que haverá consequências para “ações agressivas” da Venezuela, que considera legitimamente ilegítimas.
O secretário mencionou um memorando para fortalecer a cooperação em segurança e que a Guiana enfrenta desafios com um “ditador” fazendo reivindicações territoriais.
O enviado especial dos EUA para a América Latina, Mauricio Claver-Carone, propôs uma relação similar à mantida com países do Golfo Pérsico.
Rubio sugere que os países caribenhos reduzam a dependência do petróleo venezuelano. O governo de Donald Trump não reconhece a reeleição de Nicolas Maduro e ameaçou novas tarifas contra nações que negociem petróleo com a Venezuela.
Avalia-se que a ExxonMobil pode produzir 1,3 milhão de barris diários na Guiana até o final da década, enquanto a produção da Venezuela caiu drasticamente.
A Venezuela intensificou a disputa sobre o Essequibo ao anunciar eleições para um governador na região, levando a Guiana a alertar sobre consequências jurídicas para os envolvidos.
O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil, classificou as declarações de Rubio como “bravatas” e reafirmou que o país não se submeterá a pressões externas. Ele criticou a interferência dos EUA e a atuação da ExxonMobil na disputa.