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Secretário dos EUA quer que IA consuma excedente de Itaipu, mas do lado paraguaio

Marco Rubio destaca a importância estratégica da energia para a política externa dos EUA, sugerindo que as empresas de IA poderiam explorar excedentes de Itaipu. A declaração surge em meio a tensões nas negociações entre Brasil e Paraguai sobre a venda de energia.

Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, sugeriu que empresas americanas de inteligência artificial comprem a energia excedente de Itaipu para abastecer data centers. A recomendação foi feita durante uma audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado americano em 20 de setembro.

Rubio, ao comentar sobre a participação dos EUA na COP 30, destacou a importância do setor de energia na política externa americana. Ele mencionou a negociação entre Brasil e Paraguai sobre o excedente de eletricidade de Itaipu.

A eletricidade é dividida igualmente entre Brasil e Paraguai, com o Brasil comprando a parte paraguaia não consumida. Em 2024, um pré-acordo permitiu que o Paraguai vendesse diretamente sua energia para indústrias brasileiras, reduzindo custos.

No entanto, as negociações foram suspensas devido a suspeitas de espionagem por parte do Brasil contra autoridades paraguaias. O governo Lula nega as acusações, atribuindo a responsabilidade à gestão anterior.

Rubio afirmou que o Paraguai precisa decidir o que fazer com a energia excedente, sugerindo que empresas de IA poderiam se instalar no país. Ele enfatizou a demanda global por energia e as oportunidades estratégicas que isso representa.

Além disso, a fala de Rubio é relevante pois coincide com a visita do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aos EUA para atrair empresas de IA. Entretanto, a ideia de se estabelecer no Paraguai pode ser privilegiada em relação ao Brasil, que também possui excedente de energias renováveis como solar e eólica.

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