Seis milhões de burros são sacrificados para fazer suplemento alimentar na China
Sacrifício de burros para indústria de 'ejiao' impacta comunidades africanas. A demanda crescente na China levou a uma drástica redução na população de burros, resultando em ações da União Africana para proteger a espécie.
Quase seis milhões de burros são sacrificados anualmente na China para uso medicinal, alertou a The Donkey Sanctuary, uma organização britânica.
O principal motivo é a crescente produção de ‘ejiao’, um suplemento alimentar feito com colágeno extraído da pele dos animais. Esta indústria movimenta cerca de US$ 6,8 bilhões (R$ 37,68 bilhões).
A população de burros na China caiu de 11 milhões em 1992 para 1,5 milhão em 2023. Para suprir a demanda, o país busca esses animais no continente africano.
Em resposta ao declínio, a União Africana instituiu uma moratória de 15 anos para o abate de burros.
A The Donkey Sanctuary destacou que a indústria de ‘ejiao’ fomenta um enorme comércio mundial de peles de burro, em grande parte ilegal.
Em 2022, aproximadamente 5,9 milhões de burros foram abatidos no mundo inteiro.
Com informações da AFP