Selic a 15%: O Banco Central acertou ao aumentar o juro? O que respondem analistas do mercado
Copom eleva a Selic para 15% em resposta à pressão inflacionária e sinaliza manutenção dos juros por tempo prolongado. Economistas dividem opiniões sobre a necessidade de novos cortes e suas implicações para a economia brasileira.
Copom eleva a Selic para 15%
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, em reunião unânime, aumentar a taxa Selic em 0,25 ponto porcentual, passando de 14,75% para 15% ao ano.
Análise do cenário inflacionário: A taxa Selic atual está acima do teto da meta estabelecida pelo governo, que é 4,5%. O acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 5,32% nos últimos 12 meses.
- Itaú Unibanco: Projeta manutenção da Selic em 15% até 2026, com possível corte de 200 pontos-base iniciando em 2026.
- Citi: Aumento mais “hawkish” do esperado; espera que o Copom inicie cortes de juros apenas no segundo trimestre de 2026.
- Equador Investimentos: A decisão não surpreendeu, mas destaca pressão inflacionária até 2026.
- BGC Liquidez: Elogia a decisão e vê potencial aumento da confiança nos ativos brasileiros pós-decisão.
- Ativa Investimentos: Acha o comunicado tão duro que justificaria uma alta maior na Selic.
- Empiricus Asset: Esperava manutenção em 14,75% e considera que o ciclo de altas chegou ao fim.
- Western Asset: Crê que a Selic permanecerá em 15% por um longo período.
- PicPay: Enxerga Selic em 15% com possibilidade de novas altas se a desinflação for lenta.
- Neo Investimentos: Indica que a leitura é de fim do ciclo de alta.
- Banco Daycoval: Afirma que o tom do comunicado é mais duro do que o esperado e calça as expectativas de juros baixos apenas para 2026.
As reações do mercado refletem otimismo cauteloso, observando o comportamento da inflação e a recuperação da atividade econômica nos próximos meses. A expectativa de uma flexibilização monetária pode ser revista dependendo das condições econômicas.
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