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Selic deve atingir nesta quarta o maior patamar desde 2016. Quais serão os próximos passos do BC?

Copom deve eleva Selic para 14,25% com sinalização de maior flexibilidade nas próximas decisões. Analistas preveem que ciclo de alta caminhe para 15%, mas com influência dos dados econômicos.

Copom deve aumentar a taxa de juros em 1 ponto porcentual, podendo chegar a 14,25% ao ano, maior nível desde outubro de 2016. O total de alta desde o início do ciclo será de 3,75 pontos.

A expectativa é que o Copom abandone o forward guidance, baseando decisões em dados econômicos futuros. A maioria dos analistas projeta que a Selic possa alcançar 15%.

A CEO da Buysidebrazil, Andrea Damico, afirma que a comunicação do Copom deve ser mais data dependent, buscando flexibilidade. Ela acredita que a sinalização será similar à de janeiro, considerando a inflação e o hiato do produto.

O cenário econômico mostra esfriamento, com o PIB apresentando crescimento abaixo do esperado. O dólar caiu de R$ 6,00 para abaixo de R$ 5,80, enquanto os preços das commodities também diminuíram, aliviando a pressão inflacionária.

Contudo, as expectativas de inflação subiram, com o IPCA acumulado em 12 meses passando de 4,56% em janeiro para 5,06% em fevereiro, superando o teto da meta de 4,50%.

O cenário externo permanece incerto, principalmente devido às tarifas instituídas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Economistas como Flávio Serrano do Banco BMG e Daniel Xavier do Banco ABC Brasil preveem ajustes futuros e a possibilidade de elevação dos juros para 14,75% ou 15%% no final do ciclo.

O mercado está atento às atualizações do balanço de riscos, que possui uma assimetria de alta desde setembro, mas pode ser equilibrado com fatores baixistas do cenário global.

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