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Selic deve voltar esta semana ao nível da crise de Dilma, e próximos passos do BC devem ficar em aberto

Banco Central eleva Selic para 14,25% e busca controlar inflação. Expectativas de novas altas nos juros permanecem em aberto, enquanto mercado avalia impactos econômicos futuros.

Banco Central deve elevar a taxa Selic. O aumento será de 1 ponto percentual, levando a taxa de 13,25% para 14,25% ao ano, pela terceira vez consecutiva.

Essa ação visa controlar a inflação, que impacta o poder de compra e a popularidade do governo Lula. O patamar será o mais alto desde outubro de 2016.

Os economistas aguardam definições sobre decisões futuras de juros, com expectativa de que o BC mantenha as opções em aberto, dada a incerteza econômica global.

O IPCA está em 5,06% em 12 meses, acima da meta de 3,0%, e as projeções do BC seguem otimistas, com 5,2% para o fim do ano e 4,0% em 2026.

O economista-chefe da G5 Partners, Luis Otávio de Souza Leal, afirma que não haverá compromisso firme para a próxima reunião em maio, observando o impacto das políticas de Donald Trump.

Expectativas de inflação para 2025 subiram de 5,50% para 5,68%, enquanto para 2026 passaram de 4,22% para 4,40%.

Projeções do C6 Bank indicam mais duas elevações além da reunião de março, com Selic terminando em 15% até o fim do ano.

Além disso, Arthur Carvalho da Truxt Investimentos sugere que o Copom deve ir além de 15%, para reforçar o compromisso com a meta de inflação.

Cautela é necessária, considerando a atividade econômica e combinações de dados do IPCA que ainda mostram pressão inflacionária.

O cenário permanece incerto, mas cuidados na política monetária são prioritários, conforme ressaltado por Gustavo Sung da Suno Research, que prevê aumentos da Selic até 15,25% ao longo do ano.

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