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Selic estacionada ou vem aí nova alta? Mercado chega dividido à reunião do Copom; entenda

Mercado econômico observa com atenção a decisão do Copom sobre a Selic, dividindo opiniões entre manutenção ou alta. Expectativa é de que a comunicação da autoridade monetária reforce a continuidade da política de juros elevados por um período prolongado.

Copom se reúne hoje e amanhã para definir a Selic, atualmente em 14,75% ao ano. Economistas avaliam duas possibilidades: manutenção da taxa ou alta de 0,25 ponto.

Parte do mercado destaca a alta da inflação, principalmente de serviços, como justificativa para um aumento na taxa. Outros acreditam que os efeitos defasados da política monetária devem ser analisados antes de qualquer decisão.

O economista Yihao Lin mudou sua previsão para a Selic, agora apontando manutenção em 14,75% até 2026. Lin citou dados fracos do PIB e a desaceleração da indústria e varejo como fatores que reforçam essa expectativa.

O analista Roberto Padovani, do Banco BV, também prevê manutenção da taxa, destacando a estratégia do Banco Central (BC) em esperar os efeitos do aperto monetário. Um aumento só ocorreria se surgissem dados de inflação muito preocupantes.

Por outro lado, o Santander Brasil ajustou suas expectativas para uma alta de 0,25 ponto, elevando a Selic para 15%, citando a resiliência da atividade econômica. O economista Marco Antonio Caruso acredita que essa mudança reflete uma tática do Copom para evitar erros na precificação do mercado.

O economista Rafael Prado da GO Associados, também projeta um aumento em junho, prevendo a Selic no pico de 15%. Ele alerta para a importância de monitorar a inflação de demanda.

Independentemente da decisão, espera-se que o Copom adote uma comunicação rígida, sinalizando a intenção de manter a Selic alta por um período prolongado.

A expectativa de controle das condições financeiras é fundamental para a convergência da inflação à meta, conforme ressaltado pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo.

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