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Selic sobe para 14,25%, eleva custo de financiamentos de veículos e afeta crédito para empresas

Reajuste na taxa Selic deve resultar em aumento discreto nas parcelas de crédito para pessoas físicas. Especialistas alertam sobre os efeitos cumulativos e maiores dificuldades para empresas na concessão de empréstimos.

Reajuste da Selic: A taxa subiu de 13,25% para 14,25% ao ano, impactando levemente as parcelas de financiamentos e empréstimos.

Segundo a Anefac, a variação nas principais linhas de crédito para pessoas físicas será inferior a 2%.

Impacto das taxas: Miguel José Ribeiro de Oliveira, da Anefac, destaca que a diferença entre a Selic e as taxas aplicadas aos consumidores é enorme, com a média de juros para pessoa física alcançando 123,58% ao ano.

Exemplo: Para financiar um carro de R$ 40 mil por 60 meses, a taxa sobe para 2,10%R$ 1.347,01.

A persistência do aumento da Selic impacta os spreads bancários e os critérios de análise para concessão de crédito.

Efeito nas empresas: A taxa média de juros deve subir de 56,93% para 58,39% ao ano. Exemplos de custos adicionais:

  • Empréstimo de R$ 50 mil por 90 dias: R$ 124,55 a mais.
  • Duplicatas de R$ 20 mil no mesmo período: R$ 49,78 a mais.

João Peixoto Neto, da Ouro Preto Investimentos, alerta que o aumento dos juros pode levar à crise de empresas e aumentar recuperações judiciais.

Crédito limitado: Os bancos devem restringir o crédito, fazendo com que empresas busquem mais o mercado de capitais, como os FIDCs.

A Selic, definida pelo Copom, é crucial para o custo do crédito, investimentos e inflação. Aumentos visam conter a inflação ao reduzir consumo e investimentos.

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