Sem acordo em Alagoas, Tanure pode desistir da Braskem
Nelson Tanure condiciona sua compra da Braskem à solução das questões legais relacionadas ao afundamento do solo em Alagoas. Enquanto isso, a IG4 Capital se prepara para fazer uma oferta concorrente após o fim do período de exclusividade.
Nelson Tanure pode desistir da compra do controle da Braskem, a maior petroquímica da América Latina, se não firmar um acordo com autoridades sobre o afundamento do solo em Alagoas.
Em maio, Tanure assinou um documento de exclusividade de 90 dias para discutir a aquisição da participação da Novonor na Braskem. A Petrobras também é co-proprietária e possui direito de preferência.
Tanure está lidando com questões legais relacionadas ao afundamento do solo em Maceió, onde a Braskem operou minas de sal-gema. A empresa já gastou cerca de R$13 bilhões com reclamações de famílias afetadas.
O prazo de exclusividade termina em 21 de agosto, e a investigação ambiental permanece sem solução. Tanure afirmou que a resolução deste caso é condição inegociável para sua oferta.
Ele enfatizou a necessidade de um acordo com todas as entidades sobre o desastre e a certeza de que a responsabilidade penal não será transferida aos novos acionistas.
A IG4 Capital aguarda para lançar uma oferta rival após o fim do acordo de exclusividade. Seu plano é consolidar a dívida da Novonor em troca de ações da Braskem.
Além disso, a Unipar está tentando comprar fábricas de polipropileno da Braskem nos EUA por US$1 bilhão, mas não tem o apoio de Tanure e IG4.