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Sem apoio para anistia, partido de Bolsonaro 'desiste' de líderes e 'flexibiliza' obstrução na Câmara

PL muda estratégia para coletar assinaturas em apoio à anistia, após falta de comprometimento dos líderes. Projeto continua sem garantia de votação na Câmara, com divergências internas sobre a necessidade de discussão em comissão especial.

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), anunciou uma mudança de estratégia para pressionar o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar o projeto de lei que propõe anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.

Agora, o partido está coletando assinaturas individuais dos parlamentares, em vez de buscar apoio formal dos líderes partidários.

A mudança se deve à falta de apoio entre os principais líderes. Alguns, embora achem o projeto viável, acreditam que o momento não é apropriado.

Segundo Cavalcante, até o momento foram obtidas 163 assinaturas. O objetivo é atingir 257 assinaturas, que representam a maioria absoluta na Câmara.

Com as 257 assinaturas, um requerimento pode ser protocolado, mas Motta não é obrigado a colocar o projeto em votação.

Os líderes acreditam que o projeto deve ser discutido em comissão especial, mas o PL argumenta que isso serviria apenas para atrasar a decisão.

Além disso, a estratégia de obstrução total do PL foi flexibilizada. O partido decidiu participar apenas de atividades de interesse, visando não prejudicar a coleta de assinaturas.

Um exemplo disso é a participação em comissões sobre o pagamento de emendas parlamentares nas áreas de saúde, turismo e agricultura.

Na quarta-feira (2), o PL, por necessidade, votou a favor do projeto da reciprocidade, que é apoio do agronegócio.

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