Sem Bolsa e com juro a 15%, cresce a venda de empresas entre fundos
Fundos de private equity adaptam estratégias de desinvestimento em meio a juros elevados e restrições no mercado de ações. O crescimento do mercado secundário e dos fundos de continuidade evidencia essa mudança rumo a novas oportunidades.
Fundos de private equity estão buscando novas estratégias para vender ativos indesejados, devido a juros elevados e fechamento da Bolsa brasileira para ofertas de ações.
A venda de cotas entre fundos, conhecida como mercado secundário, está em expansão, assim como a criação de fundos de continuidade para realocar ativos.
Transações de venda entre fundos são majoritariamente privadas e raramente divulgadas, mas gestores percebem um crescimento no Brasil, refletido na recente criação de um fundo de R$ 350 milhões pela XP dedicado a comprar cotas de outros fundos.
Gestoras ativas no mercado secundário incluem:
- XP
- Spectra
- Stepstone
- Valor Capital
- Lexington Partners
- Signal Capital
- BTG Pactual
- Bradesco
- Vinci
A presidente da ABVCap, Priscila Rodrigues, destaca que as vendas secundárias estão aumentando, mesmo em um cenário desafiador de desinvestimentos.
Rafael Bassani, da Spectra, afirma que o mercado secundário é uma alternativa após a subida de juros. Desde 2014, após o crescimento da indústria de private equity na América Latina, as gestoras começaram a se organizar nesse sentido.
Gestoras estão adaptando suas estratégias e vendo mais oportunidades de venda. Marcos Toledo, da Canary, revela que têm vendido para fundos de "growth" e realizando mais atividades no secundário.
Bruno Dequech Ceschin, cofundador da Jupter, fala sobre experiências inovadoras como a tokenização de ativos para facilitar transações, reforçando que o mercado secundário tem potencial para crescer ainda mais.
Publicada no Broadcast+ em 23/07/2025, às 11:47. Acesse o Broadcast+ para mais informações.