Sem consenso entre analistas sobre números do 4º tri, ação da Cogna (COGN3) desaba
Ações da Cogna enfrentam forte desvalorização após resultados mistos do quarto trimestre. Analistas divergem em suas avaliações, destacando lucro líquido e desafios na captação de alunos.
Ações da Cogna (COGN3) despencam na B3, após resultados do quarto trimestre divulgados ontem.
Por volta de 13h30, os papéis caíam 4,1%, cotados a R$ 1,64, liderando as quedas no Ibovespa.
A empresa reportou lucro líquido de R$ 926 milhões no quarto trimestre de 2024, revertendo prejuízo de R$ 373,3 milhões do ano anterior. Em 2024, o lucro totalizou R$ 880 milhões, o primeiro resultado positivo anual desde 2019. A Cogna planeja distribuir R$ 120 milhões em dividendos, o que não fazia desde 2020.
O J.P. Morgan aponta resultados complicados, com *dificuldade em interpretar números*, devido à reversão de contingências fiscais de R$ 62 milhões e desempenho irregular da Saber. A captação de alunos de ensino superior caiu 15% no segundo semestre de 2024.
O BTG Pactual acredita que a Cogna atingiu um novo nível operacional, mas precisa consolidar essa melhoria para recuperar a confiança do mercado. O banco observa geração de caixa robusta e redução de alavancagem.
O Goldman Sachs elogia o balanço, destacando a margem da Kroton e a geração de fluxo de caixa operacional, enquanto a Vasta apresentou receitas em alta, mas margem bruta impactada.
O Citi considera os resultados bons e alerta para itens não recorrentes ainda presentes. O pagamento de dividendos representa um rendimento de 4%.
Recomendações:
- Citi e BTG: recomendação neutra, preços-alvo de R$ 1,60 e R$ 1,65.
- Goldman Sachs e J.P. Morgan: recomendação de compra, preços-alvo de R$ 2,50 e R$ 1,71.
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