Sem disputa, Aegea leva último bloco de saneamento no Pará e assume R$ 18,8 bi em contratos
A Aegea conquista a concessão do Bloco C no Pará e é a única participante do leilão. Com investimentos de R$ 3,59 bilhões, a empresa assume a operação de todos os blocos de saneamento no estado.
A Aegea venceu o leilão para a concessão dos serviços de saneamento do Bloco C no Pará, abrangendo 27 municípios, incluindo Santarém e Altamira.
O contrato totaliza R$ 3,59 bilhões em investimentos ao longo de 40 anos. A proposta da Aegea foi a única apresentada, com um ágio de 0,01% sobre o valor mínimo de R$ 400,5 milhões.
Este leilão encerra o ciclo de concessões estruturadas pelo BNDES para o saneamento no estado, um dos piores do país. A Aegea agora opera todos os blocos de concessão no Pará e estima investir R$ 18,8 bilhões no total.
Após uma primeira tentativa fracassada de leilão, o edital do Bloco C foi remodelado, permitindo a mudança no pagamento da outorga em até 20 anos, suavizando o impacto financeiro inicial.
Para assinar o contrato, a Aegea pagará R$ 8,74 milhões à vista, seguido de 13 parcelas do mesmo valor e 6 parcelas de R$ 46,35 milhões.
As metas de universalização incluem aumentar a cobertura de água de 67% para 99% até 2033 e a cobertura de esgoto de 12,3% para 90% até 2039. A estimativa é de R$ 6 bilhões em despesas operacionais e a implementação de tarifa social para até 30% dos domicílios atendidos.
No Pará, três das vinte cidades brasileiras com os piores indicadores de saneamento estão localizadas; Belém, Ananindeua e Santarém.
Nos Blocos A, B e D, a Aegea se comprometeu a investir R$ 15,2 bilhões para universalizar o abastecimento de água até 2033. Com o novo contrato, a Aegea atuará em 15 estados, atendendo quase 900 municípios e mais de 39 milhões de pessoas.
A Cosanpa permanecerá responsável pela produção de água em Belém, Ananindeua e Marituba, enquanto a Aegea cuidará dos demais serviços de saneamento.