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Sem governo, Brasil é declarado em Paris livre da febre aftosa

Brasil recebe certificado da OMSA reconhecendo o país livre de febre aftosa sem vacinação. A conquista marca um avanço significativo nas exportações de carne, permitindo acesso a mercados internacionais mais exigentes.

A OMSA declara o Brasil livre de febre aftosa sem vacinação

A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) anunciou, nesta quinta-feira (30/mai/2024), que o Brasil é oficialmente livre da febre aftosa sem vacinação, durante a 92ª Assembleia Geral em Paris.

Esse reconhecimento encerra décadas de combate à doença, que afetava o rebanho bovino e dificultava a abertura de novos mercados.

O governo federal não enviou representantes de alto escalão para o evento. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, não compareceu, pois acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana.

A entrega do certificado foi feita ao diretor do Departamento de Saúde Animal, Marcelo Mota. Uma cerimônia de entrega oficial ocorrerá na próxima semana, com a presidente da OMSA, Emmanuelle Soubeyran.

A principal representante brasileira no evento foi a senadora Tereza Cristina, que celebrou a conquista: “Dia histórico para o Brasil receber o certificado de livre de aftosa sem vacinação. Foram 20 anos de trabalho para alcançar esse momento.”

Ela destacou a importância de manter o modelo de gestão que resultou na erradicação da doença: “Vamos trabalhar duro pela manutenção desse status.”

João Martins, presidente da CNA, também ressaltou o esforço conjunto de produtores e governo: “Hoje é um dia histórico para os produtores rurais. O Brasil pode vender carne de alta qualidade e livre de aftosa.”

A ausência do governo federal foi criticada por representantes do setor, que enfrentaram dificuldades de credenciamento junto à OMSA.

O evento contou com representantes de diversos Estados que fizeram parte da luta contra a febre aftosa.

O Brasil já havia se autodeclarado livre da febre aftosa no início de 2024, mas aguardava o reconhecimento internacional para consolidar esse status sanitário.

A certificação deverá facilitar o acesso do país a mercados exigentes, como Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos, aumentando o valor agregado das exportações de carne bovina.

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