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Sem provocar Trump, Brasil quer propor tecnologia cripto para o comércio entre países do Brics

Brasil busca modernizar transações financeiras no Brics com tecnologia blockchain, visando aumentar a eficiência no comércio exterior. A proposta, que não visa substituir o dólar, pode ser discutida na cúpula do bloco em julho no Rio de Janeiro.

Brasil busca facilitação de transações financeiras no Brics

O Brasil pretende aproveitar a presidência rotativa do Brics para abordar a facilitação de transações financeiras internacionais, visando aumentar o comércio exterior. O foco não é criar uma moeda comum ou alternativa ao dólar, afirmam integrantes do governo.

A proposta envolve a utilização de tecnologia blockchain para melhorar a eficiência dos contratos comerciais e reduzir custos entre os países do bloco, que agora inclui Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Indonésia.

Atual presidente, Lula, destacou que não há interesse em desestabilizar o sistema financeiro internacional existente. Ao mesmo tempo, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, manifestou preocupação com a ideia de alternativas ao dólar, ameaçando tarifas caso isso ocorra.

O Brasil busca um modelo seguro e acessível, sem antagonizar os EUA. O tema é parte de uma agenda de reformas na gobernança global, mas pode demorar para ser implementado.

O Banco Central (BC) está testando soluções como o Drex, uma versão digital do real baseada em blockchain. Contudo, enfrenta desafios técnicos relacionados à segurança e privacidade.

Lula também sugeriu discutir a integração de sistemas como o Pix para facilitar transações, destacando a importância de criar um ambiente financeiro mais inclusivo para países emergentes.

O encontro dos chefes de Estado do Brics ocorrerá em julho, no Rio de Janeiro, e será uma oportunidade para buscar consensos sobre esse tema.

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