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Sem reforma, gasto com Previdência e BPC vai subir R$ 600 bi em 15 anos

Estudo aponta que, sem reformas, despesas do INSS podem crescer em R$ 600 bilhões até 2040. Cenário demográfico exige novas estratégias fiscais para equilibrar gastos com previdência e saúde, enquanto investimentos em educação podem ser readequados.

Estudo do CLP alerta que, sem reforma previdenciária, os gastos do INSS podem aumentar em R$ 600 bilhões até 2040, representando um crescimento de 50% em relação ao custo atual de R$ 1,15 trilhão.

O envelhecimento da população e a queda da taxa de natalidade são fatores que contribuem para essa "bomba fiscal", necessitando de ações além da revisão de gastos.

A suspensão de investimentos na educação é uma possibilidade, dada a projeção de 20% menos alunos até 2040, o que poderia permitir um aumento na verba por estudante.

O gerente do CLP, Daniel Duque, destaca que uma política fiscal “crível” e o estímulo ao investimento privado são essenciais para enfrentar a escassez de jovens no mercado de trabalho.

  • Reforma da Previdência de 2019 não foi suficiente para conter o crescimento dos gastos com aposentadorias e BPC, que representa 12% do PIB.
  • As despesas obrigatórias comprometem recursos para Educação e Saúde, com previsão de não cumprimento do piso constitucional já em 2027.
  • A idade mediana no Brasil aumentará de 25 para 35 anos em 25 anos, mudando o perfil etário da população e afetando as finanças previdenciárias.

Os gastos previdenciários podem alcançar 8,3% do PIB em 2040, o que representa uma pressão significativa sobre o orçamento.

Para equilibrar as contas, são necessárias revisões frequentes nas regras previdenciárias, com um aumento da idade mínima e reavaliação de benefícios assistenciais, como o BPC.

Duque argumenta que desvincular o salário mínimo recebe apoio, permitindo independência entre o salário de trabalhadores e o benefício previdenciário.

No setor de saúde, o gasto público é de 4,2% do PIB, devendo aumentar para 7,5% até 2040, enquanto a educação pode cair de 4,7% para 3,9% do PIB.

As obrigações de investimento em saúde e educação precisam ser integradas, considerando as diferenças regionais no Brasil.

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