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Sem saber se tem visto válido, filho de Barroso desiste de Miami

Filho de Barroso desiste de retorno aos EUA por incertezas sobre visto. Decisão do governo norte-americano gera temor entre ministros do STF após suspensão de vistos e críticas a Moraes.

Bernardo van Brussel Barroso, filho do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu não retornar aos Estados Unidos após a suspensão de vistos de ministros do Tribunal e seus familiares.

Bernardo, que é diretor associado do BTG Pactual e reside em Miami, estava em férias na Europa quando a decisão foi anunciada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em 18 de julho.

O governo dos EUA não divulgou quais ministros tiveram seus vistos revogados e não comunicou oficialmente os integrantes da Corte sobre a decisão.

O filho de Barroso hesitou em voltar aos EUA por não ter certeza sobre seu visto, que provavelmente havia sido cancelado. Barroso orientou Bernardo a evitar o retorno como precaução, e ele concordou em voltar ao Brasil.

A revogação dos vistos faz parte de uma retaliação do governo Trump contra a "caça às bruxas política" de Alexandre de Moraes ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

O secretário Rubio criticou o processo contra Bolsonaro, que é acusado de golpe de Estado sob relatoria de Moraes no STF. Ele declarou que a postura de Moraes viola direitos básicos, afetando também os americanos.

Duas semanas após a suspensão dos vistos, os EUA incluíram Alexandre de Moraes na Lei Magnitsky, que impõe sanções a autoridades estrangeiras por violação de direitos humanos.

Ministros do STF expressam preocupações sobre suas próprias situações, temendo sanções semelhantes. O subsecretário de Diplomacia dos EUA, Darren Beattie, avisou que os "aliados" de Moraes são aconselhados a não apoiá-lo.

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