Semana pessimista acaba com mercado de trabalho aquecido no Brasil e mais inflação nos EUA

Taxa de desocupação no Brasil fica abaixo do esperado, demonstrando a resiliência econômica do país, conforme divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (27).

O Ibovespa caiu 0,18%, fechando em 136.866 pontos. No mês de junho, a perda acumulada é de 0,12%, enquanto a valorização desde o início do ano chega a 13,79%.

O aquecimento do mercado de trabalho é positivo, mas gera preocupações no Banco Central, pois pode pressionar a inflação. Mais empregos significam mais dinheiro em circulação, aumentando o consumo e os preços.

A taxa Selic permanece em 15% ao ano, e esses dados podem manter juros altos por mais tempo. Pedro Ros, da Referência Capital, observa que a criação de empregos está concentrada em setores de baixa produtividade, limitando os ganhos de renda.

Nos EUA, a inflação preferida pelo Banco Central atingiu 2,3%, acima da meta de 2%. Isso aumenta as especulações sobre a redução de juros pelo Fed, o que poderia beneficiar a bolsa brasileira.

O dólar caiu 0,27%, cotado a R$ 5,48. A moeda americana desvalorizou 0,75% na semana e 4,10% no mês. A taxa de Depósito Interfinanceiro (DI) se manteve em 14,93% ao ano.

O governo enfrentou um impasse na Câmara sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a judicialização da questão cabe ao presidente Lula. Isso gera incertezas, afetando a confiança dos investidores.

A derrubada do decreto do IOF é vista como alívio para contribuintes, mas reabre discussões sobre meta fiscal e a necessidade de cortes de gastos.

No mercado de ações, o pregão foi pessimista, com 31 das 84 ações desvalorizando. As ações da Vale (VALE3) subiram 1,99% devido à valorização do minério de ferro na China. Marfrig e BRF lideraram as perdas.