Senado anuncia votação remota para salvar correção da tabela do Imposto de Renda
Davi Alcolumbre opta por votação remota para evitar obstruções e garantir a aprovação da isenção do Imposto de Renda. O presidente do Senado reafirma a importância de manter o funcionamento legislativo diante da pressão de aliados de Bolsonaro.
Votação remota e pressão política marcam o cenário do Senado.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou uma votação remota para garantir a ampliação da isenção de Imposto de Renda para quem recebe até dois salários mínimos.
Atualmente, a isenção é de até R$ 2.428,80, determinada por uma medida provisória (MP) do presidente Lula (PT). Contudo, se não aprovada até segunda-feira (11), os valores voltarão aos níveis anteriores.
Alcolumbre declarou: "A sessão deliberativa do Senado será realizada em sistema remoto para impedir a paralisação da pauta legislativa".
Ele se reuniu com líderes de bancada e reforçou sua posição: "Não aceitarei intimidações. O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento".
O senador Cid Gomes (PSB-CE) afirmou que Alcolumbre não tolerará a obstrução do plenário e que, na próxima semana, "o plenário tem que estar livre".
Além disso, Alcolumbre negou o andamento do pedido de impeachment do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que é alvo de pressão por parte de aliados de Jair Bolsonaro.
Os plenários da Câmara e do Senado enfrentam ocupações de parlamentares bolsonaristas desde terça-feira (5), após Moraes ordenar a prisão domiciliar de Bolsonaro.
Os aliados do ex-presidente pressionam por um "pacote da paz", incluindo anistia a golpistas, o impeachment de Moraes e o fim do foro especial.