Senado aprova MP que permite pagamento extra a servidores para reduzir fila de 2 milhões do INSS
Senado aprova programa para acelerar atendimento no INSS, com bônus para servidores. Medida busca reduzir a fila de benefícios previdenciários pendentes e prevê revisão de processos.
Senado aprova MP para reduzir fila do INSS
Nesta terça-feira, o Senado aprovou a medida provisória (MP) do governo para reduzir a fila de atendimento do INSS.
A MP cria o "Programa de Gerenciamento de Benefícios" e inclui pagamento de bônus aos servidores para acelerar os trabalhos.
Publicada em 15 de abril, a MP precisava ser aprovada até hoje para não perder validade. Ela foi aprovada pela Câmara na semana passada, após fim da obstrução dos trabalhos.
A MP prevê:
- R$ 68 por processo concluído;
- R$ 75 por perícia ou análise documental realizada.
Os valores são iguais aos pagos até dezembro de 2024. O programa contará com participação voluntária de servidores do INSS e da Perícia Médica Federal.
Prioridade será dada a:
- Processos pendentes há mais de 45 dias;
- Perícias médicas em unidades com agendamentos acima de 30 dias;
- Avaliações sociais para o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Um destaque dos Republicanos para suprimir avaliações do BPC foi rejeitado.
O governo também alterará o decreto do BPC, aumentando o prazo de notificação de 30 para 60 dias em algumas regiões.
O programa terá validade de 12 meses, podendo ser prorrogado uma vez até 31 de dezembro de 2026. Participação dos servidores não deve prejudicar atendimentos regulares.
Pagamentos estão sujeitos à autorização orçamentária anual. Haverá ato conjunto para definir detalhes operacionais.
Economia prevista é de R$ 4,58 bilhões anuais após revisão de 2,4 milhões de benefícios assistenciais.
A relatora, senadora Zenaide Maia (PSD-RN), acatou três das 31 emendas ao texto, que incluem:
- Divulgação periódica de metas e resultados nos portais oficiais;
- Uso de tecnologias acessíveis para comunicação com beneficiários.
Em 2024, a fila de espera do INSS estava em 2,042 milhões de requerimentos, subindo para 2,443 milhões em junho.