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Senado argentino discute Ficha Limpa, lei que pode tirar Cristina das eleições

Senadores argentinos podem aprovar lei que impede candidaturas de políticos com condenações. A aprovação deve impactar a participação de Cristina Kirchner nas próximas eleições, caso a nova legislação seja sancionada.

Senado Argentino discute a Lei da Ficha Limpa nesta quarta-feira (7), que visa impedir a candidatura de políticos condenados em duas instâncias.

O projeto, que passou de forma reduzida pela Câmara, tem apoio entre senadores. Se aprovado, a ex-presidente Cristina Kirchner estará fora das próximas eleições.

Atualmente, há expectativa de sua candidatura a deputada pelo Estado de Buenos Aires em outubro, mas as listas ainda não foram confirmadas.

O governo de Javier Milei deseja a aprovação ainda nesta semana, antes das eleições locais de 11 de maio em quatro províncias.

A vice-presidente e presidente do Senado, Victoria Villarruel, pode levar a proposta à votação na manhã de quarta.

Curiosamente, as disputas em torno do projeto não são iniciadas pelo kirchnerismo, mas por uma disputa entre os libertários de Milei e os dialoguistas, vinculados ao ex-presidente Mauricio Macri.

Ambos buscam colar a autoria do projeto que pode eliminar Cristina da disputa política.

O projeto enfrentou desentendimentos na Câmara, incluindo brigas sobre direitos autorais. No Senado, a votação requer 37 votos, devido à natureza eleitoral da proposta.

Os governistas afirmam ter votos suficientes para aprovação, enquanto o kirchnerismo reconhece as altas chances de a proposta passar, o que poderia excluir Cristina da disputa nacional.

O grupo oposicionista levanta questões sobre a aplicação jurídica da Ficha Limpa, especialmente sua retroatividade, já que Cristina foi condenada em um caso de corrupção referente a obras em Santa Cruz.

Recentemente, o Tribunal Federal Criminal rejeitou um recurso de Cristina, que agora apela ao Supremo Tribunal Federal. Esta é sua primeira condenação, mas não a única investigação.

Ainda assim, ela permanece em liberdade, pois a decisão não é definitiva e pode recorrer.

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