Senado da Argentina aprova aumento nas aposentadorias em derrota para Javier Milei
Senado argentino aprova aumento nas aposentadorias em votação polêmica, desafiando o governo de Javier Milei. A sessão não seguiu os procedimentos formais, gerando um embate entre a oposição e os governistas sobre sua legalidade.
Reviravolta no Senado Argentino: O Senado aprovou na quinta-feira (10) um projeto de lei que aumenta aposentadorias e bônus para beneficiários do valor mínimo, em uma sessão polêmica convocada pela oposição.
A iniciativa teve 52 votos a favor, cinco abstenções e nenhum voto contra, apesar da retirada dos governistas e da maioria do PRO, que contestam a sessão.
A votação foi realizada de forma não convencional, com o sistema eletrônico fora do ar, obrigando os senadores a se manifestarem verbalmente.
O peronismo, com apoio de partidos minoritários, declarou válidos os projetos que aumentam aposentadorias e criam uma moratória previdenciária.
Victoria Villarruel, vice-presidente e presidenta do Senado, tentou adiar a votação, mas foi contestada pelo líder do bloco kirchnerista. O governo considera a sessão ilegal e planeja judicializar a decisão.
A ovação possibilitou um aumento de 7,2% nas aposentadorias, não reconhecido pelo governo devido à alteração na fórmula de reajuste.
A sessão envolveu mais de 40 senadores e se tornou um debate acirrado sobre prioridades legislativas, com propostas de dissolução de fundos fiduciários.
Javier Milei expressou insatisfação com governadores, acusando-os de aumentar gastos e ameaçar o superávit fiscal.
Ezequiel Atauche, do bloco governista, contestou a validade da sessão, enquanto senadores da oposição defenderam que a presença de Villarruel a tornava legítima.
Após a votação, a vice-presidente e a ministra Patricia Bullrich trocaram farpas nas redes sociais, com Villarruel retaliando acusações sobre passado político.