Senado também derruba IOF e impõe derrota a Lula e Haddad
Senado e Câmara derrubam aumento do IOF, desafiando o governo Lula. A medida representa uma crescente insatisfação dos congressistas com a administração federal e um exemplo raro de união nas duas Casas.
Senado aprova derrubada do aumento do IOF
Nesta 4ª feira (25.jun.2025), o Senado aprovou o PDL (Projeto de Decreto Legislativo) que revoga o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), proposto pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A votação teve XX votos a favor e YY contra.
Horas antes, a Câmara também derrubou o aumento, com 383 votos favoráveis. Essa aprovação é uma vitória para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e uma derrota para o governo, em especial para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), cumpriu um “compromisso político” com Motta de pautar o projeto, nomeando também um relator opositor, Izalci Lucas (PL-DF).
A insatisfação do Congresso veio após o governo publicar uma MP que aumentou impostos e um decreto que revogou parte do reajuste do IOF. O governo acelerou o empenho de emendas, totalizando R$ 1,73 bilhão em 2025, próximo do planejado para junho.
Motta informou nas redes sociais que colocaria o PDL em votação, surpreendendo a cúpula do governo. A reunião no Planalto, comandada pela ministra Gleisi Hoffmann, resultou na aceitação da derrota. Apesar de pedidos para uma reunião entre líderes, Motta negou, nomeando um aliado de Jair Bolsonaro para relatar o PDL, o que foi considerado uma “provocação” pelo líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ).
Em 16 de junho, a Câmara já havia aprovado com urgência sustar o decreto do ministro Haddad, com votos a favor se reduzindo ao longo do tempo.