Senador do PT assina pedido de CPI do INSS após governo avaliar impacto político

Senador Fabiano Contarato (PT-ES) anunciou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar fraudes no INSS.

A decisão, embora pareça contrária ao governo, é parte de uma estratégia do Planalto para focar nas irregularidades durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

Contarato, o único do PT a apoiar oficialmente o pedido, disse que é “necessário chegar às entranhas do esquema” que ocorreu na gestão anterior.

A adesão do senador faz parte de um movimento do governo para controlar a CPI e evitar crises políticas. Dados da CGU e da Polícia Federal indicam que o esquema de descontos indevidos começou em 2019 e seguiu até 2024.

A estratégia governamental inclui garantir que aliados ocupem posições-chave na comissão, como a relatoria, prevista para a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), próxima ao vice-presidente Geraldo Alckmin.

O pedido de CPI foi protocolado em 12 de outubro, com o apoio de 39 senadores e 230 deputados, superando os mínimos necessários. O governo optou por garantir protagonismo na comissão para expor falhas da gestão passada em vez de tentar barrá-la.