Senador do PT diz que CPMI do INSS não ‘é de bom tom’ para governo Lula
Senador destaca a importância da apuração de fraudes no INSS, mesmo com possíveis impactos políticos. Contarato afirma ter autonomia para apoiar a abertura da CPMI, apesar de ser o único petista a assinar o requerimento.
Senador Fabiano Contarato (PT-ES) declarou nesta segunda-feira, 26, que a CPMI para apurar fraudes no INSS não é favorável ao governo de Luís Inácio Lula da Silva.
Contarato é o único petista a assinar o requerimento para abertura da comissão.
Ele enfatizou: “Esses fatos, que atingem uma camada da população com um elevado grau de vulnerabilidade, têm que ser apurados. Mas isso não impede, obviamente, que para o governo não seja propício, ou de bom tom”.
A declaração foi dada em uma entrevista coletiva antes de sua participação em um painel do Instituto para a Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE).
O senador reafirmou seu compromisso com o governo Lula, mas defendeu a abertura da CPMI. Ele disse estar com a consciência tranquila sobre sua decisão e que seu partido lhe dá autonomia.
“Não posso falar pelos meus colegas porque isso é pessoal de cada um”, completou.
A CPMI visa investigar um esquema no Ministério da Previdência que resultou em R$ 6,3 bilhões em cobranças indevidas entre 2019 e 2024.
O escândalo levou à saída do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi acusado de omissão. Ele foi indicado pelo Ministro da Previdência, Carlos Lupi.
O Estadão contatou o senador Fabiano Contarato, mas não obteve resposta até a publicação deste texto, que será atualizado assim que a informação for recebida.