Senador questiona formação de indicada de Lula para o STM
Tensão marca sabatina de Verônica Sterman no Senado, com questionamentos sobre sua formação acadêmica. Senadores defendem a indicada, ressaltando que requisitos constitucionais não exigem comprovação de títulos.
Troca de farpas ocorreu durante a CCJ do Senado entre a advogada Verônica Abdalla Sterman, indicada por Luiz Inácio Lula da Silva para o STM, e o senador Carlos Portinho.
Portinho questionou inconsistências em sua formação acadêmica, afirmando que "sustentar ter mestrado" pela USP seria desqualificante. Sterman defendeu que seu currículo reflete a verdade.
O senador observou que, enquanto plataformas digitais a apresentavam como mestra em direito processual penal, o documento submetido indicava “sem conclusão com a tese de defesa”, chamando isso de “informação conflitante”.
Sterman respondeu que interrompeu o curso e que essa situação está clarificada em seu currículo. Ela ainda explicou circunstâncias pessoais, como uma gravidez de risco e a internação do pai com câncer, que impactaram sua decisão.
Senadores governistas, como Otto Alencar e Renan Calheiros, defenderam a advogada, criticando a abordagem de Portinho. Alencar apontou que tal questionamento não deveria ocorrer em público, especialmente contra uma mulher. Calheiros destacou que os requisitos para o cargo não exigem comprovação de títulos.
A sabatina dos 14 nomes indicados por Lula para diversas autoridades aconteceu no dia 12 de agosto, e as indicações agora irão para votação no plenário. A sessão foi dividida em 3 blocos e incluiu outros indicados, como Carlos Augusto Pires Brandão e Maria Marluce Caldas Bezerra, para o STJ.
A sabatina é um momento crucial para a avaliação pública e o debate sobre as indicações. Cada senador deve elaborar um relatório para análise da comissão antes da votação final.