Sentimento melhora no setor de papel e celulose, mas banco questiona sustentabilidade
O mercado chinês de papel e celulose apresenta leve melhora, impulsionado por expectativas de estímulo econômico e rali nas commodities. Entretanto, os preços da celulose continuam sob pressão, com quedas recentes e desafios na demanda, especialmente do setor têxtil.
Melhora no mercado chinês de papel e celulose foi observada na última semana, impulsionada por um rali nas commodities e expectativas de estímulos macroeconômicos e reformas do lado da oferta.
A equipe do Goldman Sachs prevê apenas estímulos moderados à infraestrutura e ao setor imobiliário no segundo semestre de 2025, para compensar a desaceleração com o fim da antecipação da demanda por exportações.
No segmento de papel, embora haja excesso de oferta, as margens permanecem positivas para produtores integrados. O Goldman indica que a imposição de restrições de oferta pode ser lenta.
O recente rali elevou contratos futuros de madeira de fibra longa e melhorou os preços de revenda, ajudando os produtores a fecharem negócios com preços estáveis ou levemente menores.
Os preços da fluff pulp caíram US$ 7 por tonelada em junho, mas ainda há um prêmio saudável em relação a outros tipos de celulose. Novos projetos, como os da ENCE e Suzano, também entrarão em operação.
No setor de Dissolving Wood Pulp (DWP), os preços recuaram US$ 26 por tonelada. A demanda fraca da indústria têxtil e interrupções em fábricas pressionam o setor, mas cortes na produção podem conter quedas.
As importações de celulose pela China cresceram 5% em junho, totalizando 2,1 milhões de toneladas. A celulose de fibra curta apresentou alta, enquanto a de fibra longa caiu.
Apesar da leve queda nos preços da celulose de fibra curta, sinais de recuperação nos valores de revenda e futuros estão surgindo, com o preço em torno de US$ 500 por tonelada.
A UPM da Finlândia anunciou paradas de manutenção na sua fábrica, o que pode afetar a oferta. O cenário atual pode levar a novos cortes de produção, pois muitas fábricas medem a viabilidade econômica.