Será que o Copom estacionou mesmo a Selic em 14,75%? Há quem duvide
Economistas divergem sobre futuro da Selic após ata do Copom. Alguns acreditam em mais uma alta em junho, enquanto outros apontam para manutenção da taxa atual.
A ata da reunião do Copom do Banco Central, divulgada em 13 de maio, gerou decepção entre analistas que esperavam claros sinais sobre as próximas decisões de juros.
Na reunião de 7 de maio, a Selic foi elevada para 14,75% ao ano.
A dúvida agora é: o ciclo de alta da Selic acabou ou há espaço para novo aumento em 18 de junho?
- A análise da XP indica que a política monetária contracionista já está atuando, mas ainda não é suficiente para conter as expectativas de inflação.
- A XP considera a comunicação do Copom neutra, mas reforça a necessidade de cautela e flexibilidade.
- Embora a XP sugira que o ciclo pode estar próximo do fim, alerta que as pressões inflacionárias podem exigir mais um aumento de 25 pontos-base.
Tatiana Pinheiro, da Galapagos Capital, commenta que a ata mantém a questão em aberto, sugerindo que o BC ainda está incerto se o ajuste foi suficiente.
Rafaela Vitoria, do Inter, acredita que a Selic deverá se manter em 14,75% por um período, considerando um cenário de desaceleração econômica.
Leonardo Costa, do ASA, afirma que as decisões de junho podem ser vistas como “cautela adicional”, mas acredita que o ciclo de alta já terminou.
Luis Cezario, da Asset 1, observa que a política monetária está contracionista, com seu efeito já perceptível na economia.
O cenário é de manutenção do aperto monetário por um período prolongado, refletindo incertezas e debates sobre o balanço de riscos.