Serviços crescem acima do esperado em junho, mas perdem fôlego
Setor de transportes impulsiona crescimento leve no volume de serviços, enquanto outras categorias apresentam recuo. Economistas apontam para uma desaceleração gradual na segunda metade do ano, apesar de expectativas de recuperação em serviços ligados à demanda das famílias.
Crescimento do volume de serviços: O volume de serviços no Brasil cresceu 0,3% em junho, superando expectativas. O crescimento concentra-se no setor de transportes, que registrou alta de 1,5%.
O setor de serviços alcançou um patamar recorde, 18% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020). A alta do mês de maio foi revisada de 0,1% para 0,2%.
Expectativas futuras: A alta em junho foi bem recebida, mas especialistas alertam para uma desaceleração no segundo semestre devido a políticas monetárias e incertezas externas. Economistas projetam um crescimento moderado, principalmente nos serviços ligados à demanda das famílias.
Desempenho dos setores:
- Serviços de transportes: +1,5%
- Outros serviços: -1,3%
- Serviços prestados às famílias: -1,4%
- Informação e comunicação: -0,2%
- Profissionais e administrativos: -0,1%
A queda nos serviços prestados às famílias representa um sinal de alerta para a economia, apesar do mercado de trabalho ainda apresentar força. Projeções indicam que o PIB pode crescer 0,1% ou 0,2% no segundo trimestre.
Conclusão: Apesar da alta geral no volume de serviços, a economia brasileira enfrenta desafios com uma possível desaceleração, especialmente nos setores mais vulneráveis à variação de crédito e políticas monetárias. A expectativa é de um crescimento moderado, com serviços que atendem famílias devendo se manter em alta.