Servidores dos EUA na China são proibidos de namorar locais
A nova diretriz visa evitar riscos de segurança e espionagem, refletindo uma política antiga em relação a laços pessoais entre diplomatas. As proibições se aplicam a todos os funcionários do governo dos EUA na China, incluindo familiares e contratados.
Funcionários do governo dos EUA na China estão proibidos de manter relações românticas ou sexuais com cidadãos locais.
A medida foi revelada pela Associated Press nesta 5ª feira (3.abr.2025) e se aplica a servidores, familiares e contratados com autorização de segurança.
A proibição, imposta em janeiro pelo embaixador Nicholas Burns, amplia uma restrição anterior que limitava relações apenas com chineses empregados na embaixada ou consulados dos EUA.
A medida abrange todas as missões diplomáticas dos EUA na China continental e em Hong Kong, mas não se aplica a servidores de outros países.
Quem já tem um relacionamento com um cidadão chinês pode solicitar uma exceção. Se negada, deve encerrar o relacionamento ou deixar o cargo.
O Departamento de Estado e o Conselho de Segurança Nacional dos EUA não comentaram a decisão. A China também não se pronunciou oficialmente.
A prática de restringir laços pessoais entre diplomatas e locais data da Guerra Fria, com preocupações de espionagem justificando essas políticas.
Documentos mostram que, em 1987, os EUA já proibiram seus servidores de se relacionarem com cidadãos do bloco soviético e da China, seguindo uma regra que foi relaxada em 1991.
O governo chinês impõe restrições semelhantes a seus diplomatas, com regulamentos que proíbem relações com estrangeiros.