HOME FEEDBACK

Setor de aviação tem falta de mão de obra em área estratégica; veja qual é e qual a solução

Crescimento acelerado da aviação pós-pandemia gera demanda urgente por mecânicos especializados na América Latina. Companhias aéreas enfrentam desafios na formação e retenção de profissionais qualificados em um mercado em expansão.

A indústria da aviação enfrenta um desafio: a demanda por mecânicos de aeronaves está em crescimento, enquanto a oferta diminui, especialmente após o impacto da pandemia.

A Airbus projeta que, até 2025, serão necessários 1,6 mil novos mecânicos na América Latina, representando 6% do total atual. A empresa destaca que muitos profissionais não retornaram ao setor e que é necessário atrair e treinar novos talentos.

O mercado de serviços de aeronaves comerciais deve quase dobrar entre 2024 e 2043, com um crescimento médio anual de 3,6%. O tráfego aéreo na América Latina deve crescer 5,5% anualmente até 2027 e voltar às tendências pré-pandêmicas a partir de 2028.

A Boeing estima que serão necessários 42 mil mecânicos até 2043 na região. A demanda cresce devido à rotatividade e ao aumento da frota comercial.

André Gonçalves, da Azul, afirma que a escassez de mecânicos é um problema antigo, agravado pela pandemia e pela saída de profissionais experientes. Outros setores têm atraído esses trabalhadores com melhores condições.

O presidente do Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos, Rodrigo Maciel, reporta que mecânicos têm migrado para indústrias com salários 40% superiores. No Brasil, a Latam planeja contratar mil novos mecânicos até 2029 e abrirá 300 vagas em 2024. A companhia criou uma escola de formação para qualificar novos profissionais.

A Gol também enfrenta desafios, com 70 vagas abertas e um programa de mentoria para novos mecânicos. Segundo o diretor Fernando Miwa, a dificuldade para encontrar trabalhadores é um desafio contínuo.

Além do aumento na demanda, a Airbus observa uma mudança no perfil dos mecânicos, que precisarão dominar tecnologias digitais e interpretar dados gerados pelas aeronaves.

Leia mais em estadao