Setor de baterias teme 'desidratação' de leilão após contratação de térmicas e hídricas
Indústria de armazenamento de energia expressa preocupação com leilão de usinas tradicionais, antecipando demanda reduzida para tecnologia de baterias. Representante da UCB Power defende a necessidade de um certame significativo para garantir a participação relevante do setor no futuro elétrico do país.
Setor de armazenamento de energia expressa preocupação com leilão exclusivo para tecnologia.
O governo brasileiro decidiu não incluir baterias no leilão de reserva de capacidade marcado para 27 de junho, que abrange apenas fontes termelétricas e hidrelétricas.
Esta decisão gerou receio de que a demanda para o futuro leilão de baterias seja "desidratada".
De acordo com Marcelo Rodrigues, vice-presidente da UCB Power, muitos projetos estão cadastrados para o leilão de junho:
- 74 gigawatts (GW) de potência;
- 67% são de novos projetos termelétricos;
- 30% de termelétricas existentes;
- 3% de ampliações de hidrelétricas.
Rodrigues afirmou que a demanda contratada para o leilão é mantida em sigilo até a conclusão do certame.
Ele expressou preocupação com a possibilidade de uma "teste" nas baterias, destacando que a tecnologia já é comprovada internacionalmente.
Atualmente, a expectativa do Ministério de Minas e Energia é que o leilão para armazenamento de energia ocorra no segundo semestre de 2025.
Rodrigues reivindica entre 2 GW a 3 GW de potência para um leilão de baterias, considerando um volume abaixo de 2 GW como "prêmio de consolo".
A UCB Power, atuando com baterias "low voltage", busca iniciar projetos de armazenamento de larga escala e anunciou parceria com a Powin para isso.
A empresa está se preparando para a produção local e espera sinalização de volume para prosseguir.