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Setor de biogás registra crescimento de 18% e biometano pode triplicar até 2026

O crescimento no número de plantas de biogás e a ampliação da capacidade instalada refletem um avanço significativo no setor de energias renováveis no Brasil. Com o apoio de novas regulamentações e o aumento da produção de biometano, o país se posiciona como um potencial líder neste mercado emergente.

Crescimento do biogás no Brasil: em 2024, o número de unidades produtoras de biogás com fins energéticos aumentou 18%, totalizando 1.633 plantas cadastradas, sendo 248 implantadas no último ano.

A capacidade instalada subiu 16%, alcançando 4,7 bilhões de Nm³/ano. Isso poderia gerar 9,4 bilhões de kWh de energia elétrica, suficiente para 4,9 milhões de residências.

Embora 75% das unidades sejam de pequeno porte, a produção é dominada por grandes usinas: 7% das plantas, mas 76% da capacidade produtiva, especialmente em São Paulo, Paraná e Minas Gerais.

Rafael González, diretor-presidente do CIBiogás, destaca que esse crescimento reflete um amadurecimento do setor, com melhorias no ambiente regulatório e maior atratividade dos projetos. Ele menciona a Lei 14.993/2024, que promove o biometano no mercado de gás natural.

O setor de resíduos sólidos urbanos (RSU) e esgoto lidera com 60% da capacidade instalada. A agropecuária, com aumento de 95% na última década, surge como segmento emergente.

O biometano, obtido da purificação do biogás, substitui diesel em frotas pesadas e gás natural em indústrias. O Brasil tem 79 plantas de purificação, com 54 em operação e capacidade de 667 milhões de Nm³/ano.

A expectativa é que a oferta de biometano triplique até o fim de 2026, com 107% de crescimento em 2025. O sucesso depende da conclusão dos projetos autorizados pela ANP.

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