Setor financeiro recorre ao comitê de Basileia para suavizar regra de investimento em 'cripto' por bancos
Grupos de lobby financeiros argumentam que novos padrões para criptomoedas são excessivos e pedem revisão. Uma carta conjunta ressalta a necessidade de alinhar regulamentos com a evolução do mercado e a adoção crescente das criptomoedas.
Grupos de lobby do setor financeiro pedem suspensão da implementação de novos padrões de transações bancárias com criptomoedas, argumentando que as regras são desnecessariamente onerosas.
Em uma carta ao Comitê de Supervisão Bancária da Basileia, as associações disseram que é crucial “buscar informações atualizadas” sobre a tecnologia de livro-razão distribuído (DLT) e considerar “reformulação e recalibração apropriadas” até 2026.
As regras incluem altas sobretaxas de capital para bancos que mantêm criptomoedas, acordadas em 2022 em resposta a turbulências no mercado e escândalos que levantaram preocupações sobre contágio financeiro.
Na época, executivos como Jamie Dimon, CEO do J.P. Morgan Chase, criticaram o setor. Desde então, as criptomoedas se tornaram mais populares no mainstream financeiro, especialmente nos EUA, onde o ex-presidente Donald Trump apoiou a legislação para o setor.
Grandes bancos, como o J.P. Morgan, agora atuam em áreas que vão de custódia à emissão de stablecoins.
Os signatários da carta incluem o Instituto Internacional de Finanças (IIF), a Associação Internacional de Swaps e Derivativos (ISDA) e outras associações de mercados regionais.
O Comitê de Basileia não comentou. A vice-presidente de supervisão do Federal Reserve, Michelle Bowman, disse que as discussões sobre o prazo continuarão ao longo do ano.
Ela destacou que as autoridades americanas têm uma visão diferente das criptomoedas em comparação à abordagem internacional, afirmando que uma implementação inconsistente pode prejudicar o objetivo de estabelecer um padrão mínimo.