Setor mineral tentará incluir cobre e vanádio na lista das exceções de sobretaxa de Trump
Ibram busca isenção sobre sobretaxa americana para cobre e vanádio, destacando a importância de parcerias em minérios críticos. A negociação pode abrir portas para acordos de tecnologia e investimentos, essenciais para o setor mineral brasileiro.
Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração) busca incluir cobre e vanádio na lista de exceções à sobretaxa de 50% dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
Segundo o diretor-presidente Raul Jungmann, esses itens não foram excetuados pelo governo dos EUA na última atualização.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sugere negociar minérios críticos, afirmando que os EUA carecem desses minerais. Ele destacou possibilidades de cooperação para produção de baterias mais eficientes.
Jungmann, ao comentar sobre a ideia, ressaltou que o governo deve tomar essa decisão. Ele também mencionou a importância de parcerias com os EUA para transferência de tecnologia e incremento das exportações.
A demanda global por minerais críticos aumentou, especialmente após a pandemia, e o G7 já reconheceu sua importância estratégica.
Uma mineradora no Brasil, Serra Verde, gera produção de minerais de terras raras, pertencente a fundos americanos e britânicos.
Atualmente, 75% das exportações de minérios brasileiros aos EUA não estão sujeitas à sobretaxa. As vendas dos EUA representam cerca de 4% das exportações totais, sendo mais significativas em setores como pedras ornamentais, vanádio e nióbio.
O Ibram também expressou preocupação com a possibilidade de retaliações às importações americanas, o que encareceria máquinas e equipamentos necessários para a mineração.