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Setor privado defende acesso a mercado americano e medidas de defesa comercial para evitar invasão de produtos chineses

Setor siderúrgico brasileiro enfrenta novos desafios com aumento das tarifas de importação dos EUA, elevando preocupações sobre invasão de produtos e a necessidade de medidas de proteção comercial. Executivos defendem negociações para acordos que garantam cotas de exportação e ações para mitigar impactos negativos na indústria nacional.

Marco Polo Lopes, presidente do Instituto Aço Brasil, declarou que o aumento da tarifa de importação de produtos siderúrgicos pelos EUA, de 25% para 50%, agrava a situação da indústria nacional.

Lopes pediu ao governo brasileiro que atue em duas frentes:

  • Negociação de acordo para criação de cotas de exportação sem sobretaxa.
  • Atenção para uma possível invasão de produtos no mercado brasileiro.

O aumento foi determinado por um decreto do presidente Donald Trump e se aplica a aço e alumínio comprados no exterior. O Reino Unido foi exceção, mantendo a tarifa de 25% devido a negociações em andamento.

Lopes destacou que o Brasil precisa de acesso ao mercado americano e mencionou um acordo de 2018 que permitia a venda de 3,5 milhões de toneladas de semiacabados e placas aos EUA. No entanto, o excedente global de aço é de 620 milhões de toneladas, com 200 milhões da China.

O executivo reiterou que a defesa comercial é vital, especialmente com o aumento da alíquota, que traz riscos de desvio de comércio. Ele enfatizou que o Brasil deve importar aproximadamente 5,3 milhões de toneladas de aço este ano, o que equivale a 25% das vendas industriais locais.

Associação Brasileira do Alumínio (Abal) também se manifestou, expressando preocupação sobre os efeitos da nova medida dos EUA. A Abal destacou que é necessário um duplo movimento:

  • Cautela e precisão nas medidas emergenciais de mitigação.
  • Uma visão estratégica para reposicionar o Brasil nas cadeias globais do alumínio.

A nota ressalta que a coexistência de medidas protecionistas e agendas industriais coordenadas requer um esforço abrangente para evitar vulnerabilidades na produção de insumos essenciais.

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